Jogue a vaquinha no precipício!

15.12.2014

Você sente que sua vida anda meio parada apesar de não ter tempo pra nada?

Existe uma fábula sobre uma vaquinha que gostaria que você lesse e pensasse a respeito:

Um sábio chinês e seu discípulo, em suas andanças, avistaram ao longe um casebre numa área desolada, sem plantações ou árvores. Era habitada por um homem, sua esposa e três filhos pequenos. Com fome e sede, o sábio e o discípulo pediram abrigo e foram prontamente bem recebidos pelo casal!

Enquanto se alimentava, o sábio perguntou:

– Este lugar é muito pobre, longe de tudo. Como sobrevivem?

– O senhor vê aquela vaca? É dela que tiramos todo nosso sustento – disse o chefe de família – Ela nos dá leite, que bebemos e transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos o leite e o queijo por outros alimentos. É assim que vivemos.

O sábio viu pela janela a vaquinha magra e cansada no cercado ao lado da casa.

Depois de se alimentarem e descansarem algum tempo, o sábio agradeceu a hospitalidade e partiu. Nem bem fez a primeira curva da estrada, disse ao discípulo:

– Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipí­cio ali em frente e atire-a lá pra baixo.

O discí­pulo não acreditou.

– Não posso fazer isso, mestre! Como pode ser tão ingrato? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se eu jogá-la no precipí­cio, eles não terão como sobreviver. Sem a vaca, eles morrem!

O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem:

– Vá lá e empurre a vaca no precipí­cio.

Indignado porém resignado, o discí­pulo voltou ao casebre e, sorrateiramente, conduziu o animal até a beira do abismo e a empurrou. A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.

Alguns anos se passaram e durante esse tempo o remorso nunca abandonou o discípulo. Num certo dia, resolveu voltar àquele lugar para ver o que tinha acontecido com a família. Talvez ajudá-los, perdi desculpas, reparar o erro de alguma forma.

Porém, ao chegar perto do lugar viu um sítio maravilhoso, com muitas árvores, plantações variadas, cavalos e outros animais.

Chegou perto das pessoas que cuidavam do sítio e perguntou sobre a pobre família que morava naquele local a tempos atrás.

Um rapaz o recebeu e disse que a família ainda morava naquele lugar. Era seu pai, sua mãe e seus irmãos! Então o rapaz o acompanhou até seu pai que estava cuidando dos afazeres do sítio. O discípulo o reconheceu, mas estava mais saudável e altivo. Espantado, lhe perguntou:

– Estive aqui a alguns anos atrás com meu mestre e encontramos um lugar miserável, não havia nada! O que o senhor fez para melhorar tanto de vida em tão pouco tempo?

O homem sorriu e respondeu:

– Nós tinhamos uma vaquinha, de onde tirávamos todo nosso sustento. Era tudo o que possuíamos, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver habilidades que nem sabíamos ter. E foi assim, buscando novas soluções, que hoje estamos muito melhor!

Desconheço o autor, mas é uma fábula muito utilizada para falar da nossa “zona de conforto”.

Muitas vezes nos conformamos com um sítio desolado e árido porque temos nossa vaquinha que nos sustenta! Continuamos nessa situação miserável por diversas razões, medo de trocar o certo pelo incerto, medo de fracassar, angustia de sair da zona de conforto… há razões racionais também, mas não importa! A fabula nos apresenta o sábio como pivot da mudança, ele elimina a zona de conforto da família, que precisa buscar dentro dela novas formas de lidar com a vida.

Você pode jogar sua vaquinha no precipício! E quando o fizer, forçará sua mudança e consequentemente sua evolução!

Jogue sua vaquinha no precipício e transforme seu sítio num lugar rico e promissor!

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