Meu passado me construiu, mas não me conduz

 

Uma amiga me confessava que só queria olhar pra frente, construir um novo futuro e esquecer o passado.

Ela tem lá seus motivos e em parte concordo com ela. Precisamos projetar o futuro sem as mágoas e travas do passado e fazer acontecer esse futuro no presente.

Mas como nos livrarmos das consequências e sequelas do passado?

Como podemos esquecer uma magoa se a sensação volta ao vermos algo sobre a pessoa ou situação? Já percebeu que algumas coisas parecem sempre acontecer conosco quase do mesmo jeito? Relacionamentos que não dão certo acabam do mesmo jeito, atraímos pessoas com características que não gostamos, nos pegamos cometendo os mesmos erros e entrando nas mesmas arapucas da vida.

Por que será que isso acontece?

É por que temos um mecanismo que nos faz repetir sempre o mesmo comportamento, mesmo de forma inconsciente.

Quando entramos num relacionamento sempre procuramos um mesmo padrão na outra pessoa (mesmo que sejam padrões que não gostamos) e nos comportamos da mesma forma que outros relacionamentos e assim estimulamos a mesma resposta do outro… assim, o fim da história é sempre a mesma. Mesmas mágoas, mesmas reclamações, mesmas desculpas!

Assim como nos relacionamentos, temos esse mesmo mecanismo no trabalho, nas amizades, nas festas e até conosco mesmo!

Claro que muita coisa a gente aprende com isso! Mas muito também, apesar disso, repetimos e repetimos…

Então como podemos construir um futuro diferente sem pensar no passado se inconscientemente reproduzimos esse passado que nos magoou?

O passado é importante se quisermos mudar nosso futuro! Mas precisamos de um olhar diferente daquele que só assiste um filme! Precisamos de um olhar mais profundo sobre nós mesmos, precisamos aceitar sinceramente nossos erros e entender que, de alguma forma, tudo que acontece em nossas vidas nós decidimos que fosse desse jeito (mesmo de forma inconsciente) através de nossos comportamentos e reações.

Se identificamos esses comportamentos e reações e procurarmos entender porquê fizemos aquilo, ligar o que fizemos antes e depois, lembrarmos as justificativas que demos a nós mesmos, identificarmos que culpas atribuímos aos outros e que desculpas demos quando as coisas não deram certo, estaremos começando a nos conscientizar de nossos comportamentos. Quando nos conscientizamos (sinceramente) da nossa parcela de culpa sobre os acontecimentos uma reação mágica acontece! Passamos a saber exatamente o que não queremos ser!

E se os caminhos que você trilhou até o momento foram definidos pelos seus comportamentos e reações, os caminhos futuros serão diferentes se você reagir e se comportar de forma diferente! E modificar os comportamentos de forma consciente fará você ter controle sobre seus caminhos e, consequentemente, sobre sua vida!

Nosso passado nos construiu até agora com nossos hábitos, certezas, modelos de comportamento e reações automáticas… mas de forma consciente, podemos identificá-los e decidir não fazer mais daquele jeito! Só isso fará uma grande diferença!

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Onde está a felicidade?

Certamente o mundo nos presenteia com muitas frustrações e decepções… a vida não é mole não!

E talvez, em busca da felicidade e inconformado com os percalços e dificuldades da vida, o homem inventou o paraíso… ou o nirvana, terra pura, valhala: um lugar diferente da vida que vivemos onde se pode ser feliz para sempre!

É muito bonito termos a esperança de felicidade eterna, já que sofremos tanto nesse mundo!

Porém… penso que essa esperança nos estimulou a uma cultura de espera eterna! Da mesma forma que esperamos a felicidade eterna no futuro, esperamos que as coisas melhorem no futuro…

Se não estamos satisfeitos com nosso trabalho, ansiamos pelo final do dia para voltarmos para casa!

Se não estamos satisfeitos com o que temos, ansiamos pelo dia 5 para receber o salário!

Se não estamos satisfeitos com nossas realizações, ansiamos pelo final do ano para o próximo ser melhor!

Quando somos crianças, ansiamos por ser adultos para fazer o que eles fazem!

Quando somos adolescentes, ansiamos por fazer 18 anos para sermos independentes!

Quando somos estudantes, ansiamos por nos formarmos para sair da escola!

Quando somos profissionais, ansiamos pela aposentadoria para podermos curtir a vida!

E assim ansiamos pelo futuro pois lá estará a felicidade!

Percebe que pensando dessa forma estamos desejando que a vida acabe mais rápido?

O dia que você torceu que acabasse rápido se foi… de forma infeliz e insatisfeita! Já foi! Não tem volta nem reembolso!

Mas nem todos os dias e todos os momentos são infelizes ou insatisfatórios!

Existem aqueles momentos em que você não percebe o tempo passar… são momentos que, quando acabam, você gostaria que tivessem durado um pouco mais! São momentos mágicos que você sente que deveriam durar para sempre! Segundo o professor e filósofo Clovis de Barros Filhos, isso é felicidade!

Porém, são momentos… portanto duram um momento! E logo mergulhamos novamente na dor, marasmo, tédio, infelicidade… que a vida está sempre disposta a apontar! E esquecemos dos momentos felizes!

Mas, e se de forma rebelada não mergulharmos mais? E se, ao invés de prestar atenção no que nos entristece ou irrita, escolhermos olhar o que nos alegra e enternece?

E se, ao testemunhar o sorriso de seu filho, você o veja como único (pois ele é único, o próximo será diferente!) e sinta-se enternecido e engrandecido?

E se, ao receber um abraço de um amigo, ao invés de ser mais um abraço, você reconheça aquela amizade e transmita sua gratidão nesse abraço?

E se, ao invés de trabalhar por trabalhar, você arranje algo que o alegre e estimule ao mesmo tempo que o remunere?

Nós temos escolha! Podemos tornar muitos momentos felizes. E se cultivarmos essa forma de pensar, de repente não estamos mais esperando a felicidade! Pois ela estará aqui e agora!

Portanto onde está a felicidade?

Estará onde você quiser que ela esteja!

(inspirado nas palestras do professor Clóvis de Barros Filho)

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Ter esperança

Hoje ouvia Sergio Cortella na rádio CBN e ele citou que devemos ter esperança, mas do verbo esperançar…

Esperança… fiquei alguns minutos refletindo sobre a nossa atitude quando falamos essa palavra. Muitos de nós, talvez a maioria, pensa em esperança como uma forma de esperar, de forma passiva, que algo aconteça.

Quando dizemos “tenho esperança que a vida melhore”, queremos dizer que aguardamos passivamente que algo aconteça para a vida melhorar… nos isentamos da nossa própria responsabilidade sobre o que esperamos (nesse caso, que a vida melhore).

Essa atitude passiva é uma forma gentil conosco mesmo para não agir em nosso mundo, de dar a nós mesmos a licença de nos mantermos na zona de conforto.

Cortella fala de esperança do verbo esperançar, que tomou (talvez) emprestado a definição de Paulo Freire. Esperança que vem de esperançar é “a capacidade de olhar e reagir àquilo que parece não ter saída. É ir atrás, se juntar e não desistir.”

Então quando você fala que tem esperança de que um amigo melhore de sua doença, você espera que ele melhore em breve… mas e se você esperançasse, iria fazer uma visita a fim e melhorar seu humor, seria voluntário para ajuda-lo em seus afazeres, descobriria uma dificuldade que ele está tendo e o ajudaria naquilo. Isso é reagir, ir atrás!

Se você tem esperança de passar num concurso, provavelmente sonha em passar, pensa até no que fará quando estiver assumido seu cargo! Mas se você esperançasse provavelmente teria planejado seus estudos e estaria estudando com determinação, estaria lendo muito e debatendo sobre política, economia e tecnologia com seus amigos e colegas. Isso é ir atrás, se juntar e não desistir!

Se você tem esperança que a empresa que trabalha melhore, deve estar criticando a empresa e seus procedimentos, observando os pontos ruins de seu trabalho… Mas e se esperançasse estaria melhorando seus próprios processos, ajudando seus colegas a melhorarem os deles, sugerindo mudanças ao seu alcance, estaria ajudando a melhorar!

Se sua empresa está no vermelho, mas você tem esperança que tudo melhore ano que vem, provavelmente está torcendo para que o governo ajude os empresários, que o mercado volte a se aquecer, que os clientes voltem a comprar com você! Mas esperançando você estaria procurando criativamente formas de reduzir custos, negociando com fornecedores, melhorando a qualidade de seus produtos para vender mais ou mais caro, conversando com outros empresários sobre suas dificuldades… Sempre há algo a mais que você pode melhorar hoje!

 E quando você fala que tem esperança no Brasil, está esperando que o governo mude, que a corrupção diminua, que as pessoas carentes sejam atendidas, que o país evolua economicamente… Mas se você esperançar provavelmente pensaria em ser parte da mudança, sendo honesto e integro se achar que é isso que os políticos precisam, sendo caridoso e humanitário se acha que é o que o país precisa, sendo produtivo e eficiente se acha que é isso que o Brasil precisa para crescer…

Enfim, quando mudamos nossa forma de ver e sentir a esperança de esperar para esperançar, damos a nós mesmos a chance de sermos protagonistas de nossas vidas… ao invés de meros espectadores! 

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Como atingir metas

 

Nossa vida sem metas estabelecidas é um barco a deriva, que vai pra onde as águas e os ventos nos levam. Já falei sobre planejamento e metas em alguns posts. Porém, ainda não escrevi sobre como estabelecer metas e alcança-las!

Uma boa meta nos leva mais perto dos nossos sonhos e está alinhado ao nosso propósito. Podemos ter metas fora dessa linha, mas provavelmente não serão tão motivadoras. E um bom motivo para realizar uma meta é fundamental para não desistirmos no meio do caminho.

Por exemplo, você quer falar inglês! Mas por que?

Se sua resposta for: “Porque preciso para evoluir no trabalho” ou “Porque todo mundo precisa falar inglês”… não parece muito motivador!

Mas se você gosta de viajar e interagir com as pessoas pois é importante para você conhecer novas culturas e participar dela através das pessoas locais! Aprender línguas é fundamental!

É um motivo muito forte para você conquistar essa meta!

Ok, agora você precisa estabelecer os critérios do que significa atingir essa meta! Devem ser coisas que você pode medir ou verificar se cumpriu ou não.

Por exemplo, no caso de “falar inglês”, você pode estabelecer como critérios:

1. terminar o nível avançado do curso de inglês X

2. passar na prova TOEFL iBT

3. manter uma conversa com um nativo de língua inglesa com fluência.

Estabelecidos os critérios, quando você cumpri-los, terá conquistado a sua meta.

Há mais uma característica importante numa meta! Você precisa ter uma data de conclusão!

Estabelecer um prazo e uma data, cria comprometimento! Você se sente inseguro em estabelecer uma data? Essa insegurança é seu medo de se comprometer com ela! Quebre essa barreira e defina uma data que você ache viável realizar!

No exemplo de “falar inglês”, você pode definir que terminará o curso de inglês em dezembro/2018 e que fará a prova TOEFL em janeiro. Para comprovar que consegue manter uma conversa fluente, vai encontrar um conhecido de seu amigo até dezembro/2018.

Verifique e ajuste os critérios e a data de conclusão para que sejam realistas. Portanto avalie quantas vezes por semana vai se dedicar ao estudo, se tem o dinheiro disponível para isso e se o prazo condiz com a programação da escola.

Caso você tenha várias metas, verifique se os prazos e critérios não interferem entre si. Lembre-se que você só tem 24 horas por dia e bem menos tempo para realizar suas metas por dia.

Por exemplo, o tempo utilizado para o estudo de inglês estará indisponível para outras atividades. O dinheiro investido no curso estará indisponível para outros projetos.

Então você tem suas metas e agora como atingi-las?

Um passo de cada vez!

Pense nas ações que terá para atingir a meta. Pense também em eventos que indicarão seu progresso. Anote-as definindo critérios e datas para as ações e eventos.

Por exemplo, o curso de inglês tem um calendário, estabeleça como eventos as datas programadas das provas de passagem de nível. Estabeleça ações concretas de realizar a matrícula e frequentar as aulas com datas definidas. Defina quando vai marcar o teste TOEFL e quando começará a buscar pessoas para conversar em inglês.

Com todas essas ações e eventos anotados, parta para a ação. Você já tem as atividades e datas!

Agora vai lá e faz!

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Tempo de travessia

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma de nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. 

É o tempo da travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.”

Fernando Pessoa

Outro dia estava sentado no muro da varanda da minha nova casa, de volta a rua que frequentei quase minha vida toda. Observava as casas da rua, a vizinhança e até os prédios no horizonte… é um bairro velho, com poucas mudanças.

Isso me fez refletir sobre as mudanças que me imponho! Comparei minha vida com a vida de pessoas “estáveis”, que moram no mesmo lugar a décadas, que se mantém em seus empregos a anos e vivem suas rotinas sem pensar em muda-las.

A maioria dos meus amigos nessa situação não está satisfeita mas não mudam… dizem que não tem tempo, que não tem como sair dessa situação, que não podem mudar porque construíram sua realidade daquela forma, que não veem saída!

Porém para mim, há sempre uma saída… há sempre um motivo para mudar… há sempre tempo para fazer! Porque busco formas melhores de viver, procuro a mim mesmo nas coisas que me comprometo e encontro meu propósito nas coisas que faço.

Quando percebo que não me encontro mais onde estou, faço a travessia! Ouso mudar e transformar minha vida no próximo nível de mim mesmo.

Haverá um momento em que você sentirá que seus “caminhos” já não o levam pra onde quer, que suas “roupas” já não bastam… e então saberá que é o momento da travessia.

Não é simples… pois requer escolhas! E escolher significa abrir mão das outras coisas… e pode ser doloroso, mas é a chave para a mudança. Você precisará abdicar de algo valioso para ter outro.

E valerá a pena?

Só você pode responder a isso!

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Planejar não vai engessar sua vida

Muita gente faz cara feia quando falo sobre planejar a vida, traçar suas metas e fazer planos para o futuro!

Para mim, traçar planos e estabelecer metas fazem parte de minha vida a mais de duas décadas… começou no trabalho, quando tinha que seguir o planejamento da empresa ou um plano de projeto. Depois, com mais contato efetivamente em fazer projetos, passei a planejar meus projetos pessoais também. Começou com planejamentos simples como férias e estudos, depois o casamento, compra de carro, abertura e condução de empresas… Faço isso com muita naturalidade!

Então fiquei me questionando sobre o motivo das pessoas fazerem cara feia para planos!

Talvez o grande vilão seja achar que os planos se tornam scripts que você precisa seguir a risca para atingir um objetivo, que precisa cumprir todos os passos rigidamente, sem tirar ou acrescentar mais passos. A sensação é que você fica engessado nele e o resultado não é garantido.

Outra coisa que percebi sobre pessoas que não gostam de planos é exatamente essa questão da não garantia. Elas acham que o esforço de planejar não vale o risco de não acontecer.

A terceira coisa que percebi é exatamente o esforço de planejar! Muitas pessoas tem preguiça de planejar pois acham que é muito complexo ter que pensar no que pode ou não acontecer e que atitude tomar mais adiante.

A desculpa que muitos usam é que a vida não vai parecer “natural”!

Bom… o que digo para essas pessoas é que se você não sabe pra onde vai, qualquer caminho serve! E se você não tem as rédeas de sua vida, alguém as tem! Ou seja, se você não está fazendo coisas para te levar onde quer estar no futuro, alguém está lhe usando para realizar coisas para o caminho dele… se você não usa seu tempo para realizar suas coisas, alguém está usando seu tempo para realizar as coisas dele. E certamente essa pessoa sabe o caminho que quer percorrer e sabe onde quer chegar! Ele tem planos!!

Só isso já me faria pensar seriamente em fazer meus planos!!

Mas uma coisa mais importante acontece quando estabelecemos metas e fazemos planos! Nos tornamos mais conscientes do que queremos e de onde queremos chegar! Passamos a ter mais foco no que é importante e portanto temos mais critério para escolher.

Escolher é uma das atitudes mais difíceis para as pessoas hoje em dia! Nesse mundo congestionada de informações, temos a impressão que vamos perder algo se não prestarmos atenção a tudo. Mas essa impressão só nos torna mais indecisos e procrastinadores. Quando temos consciencia de nossos planos, temos critérios melhores para escolher o que é importante para nós.

Se não o convenci que fazer planos é bom para você, então gostaria de tentar desmistificar um pouco o conceito de plano.

Não pense no plano como um script rigoroso de uma peça de teatro… pense nele como guias que o orientam para onde você escolheu ir.

Pense nos planos como sua bússola. Eles lhe mostram a direção para onde você escolheu ir. Mas pense também que quanto mais detalhado é seu plano, mais inteligente é sua bússola, pois além de orientar a direção, pode indicar atalhos, problemas ocasionais, apontar encruzilhadas e até maus resultados secundários. As ações que você define fazer no plano são ensaios, mas não necessariamente devem ser executados na data e hora que foram definidos. Você pode incluir, tirar, adiar ou mudar qualquer ação que tenha previsto dependendo do que está vivendo no momento. Você pode até mudar os caminhos de um plano. O importante é que ele te leve para onde quer ir.

Há alguns anos atrás resolvi ir para Porto Alegre me associar a uma empresa de TI cujos donos eram queridos amigos do passado. Avaliei as oportunidades e decidi largar o trabalho que fazia em São Paulo e parti para o sul. Fiz um plano de 5 anos para essa oportunidade. Tracei metas de dobrar o faturamento em 2 anos e dobrar novamente em mais 2 anos. Fiz planos de me fixar na cidade com metas de comprar apartamento e rotinas de visita a meus familiares em São Paulo.

Porém em pouco menos de 2 anos percebemos (eu e meus amigos) que as minhas idéias não estavam se alinhando na empresa naquele momento e acabamos por dissolver a associação.

A consequência é que voltei para São Paulo e todos aqueles planos foram cancelados!

Mas isso não me fez mal algum, nenhuma contrariedade ou arrependimento! Quando olhava o mapa de metas já sabia de antemão o que poderia acontecer. Minha bússola indicava as consequências do caminho! Porém tudo que havia passado lá cumpria minha missão de ajudar pessoas e empresas a evoluir e se superarem e estava satisfeito por ter contribuído com meus amigos.

Chegando em São Paulo, depois de me estabelecer novamente, novos planos estavam no meu mapa de metas. Tudo que passei lá foi aprendizado e base para o que está acontecendo hoje.

Essa é a forma de encarar seus planos. No mínimo, você está preparado para as consequências de suas ações!

Quando seus planos estão alinhados com suas metas pessoais, seu propósito e sua missão, você pode modificá-los, revisar suas atividades e resultados e até mudar seus objetivos.

Planejar não vai engessar sua vida, só vai te dar mais foco!

Que tal fazer seus planos agora?

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Você tem desafios ou estresses?

Sabe quando você tem uma coisa pra fazer que está fora da sua rotina e que ocupará tempo, esforço e paciência? Como você encara isso?

Ao sentir-se obrigado a fazer pensa logo que é chato e que não gostaria de fazer ou que poderia estar aproveitando o tempo para resolver coisas mais “importantes”? E aí as ações que você toma para resolver são penosas e desinteressantes? Os efeitos colaterais irritam e as vezes frustram? Enfim, encarar essa coisa te causa estresse!

Ou você se sente compelido a resolver isso e encara com entusiasmo e focado até ter os resultados desejados?

Podemos chamar essas “coisas” de desafios!

Desafio é qualquer coisa que te coloque em ação para fora de sua zona de conforto, que te tire da rotina e te obrigue a pensar diferente. Os desafios agitam o nosso mundinho morno e confortável e adiciona a necessidade de escolhas, decisões e ações!

Somos desafiados o tempo todo em nossa vida! Mas sempre podemos escolher não encarar o desafio. Então ele passa e você continua na sua zona de conforto tranquilo. As vezes escolhemos enfrentar desafios ,outras vezes somos obrigados a enfrentar levado pelas circunstâncias.

Todo desafio vai trazer enfrentamento. E o enfrentamento exige energia, tempo, atenção e criatividade.

Muitas vezes você quer o resultado do desafio… mas não quer o enfrentamento! Aí você tem estresse!

Mas existem desafios que você faz de bom grado, não é mesmo? São aqueles desafios que você encara com gosto e vê as coisas se resolvendo e se sente vitorioso no final! Todo esforço e tempo parece não ter sido tão desgastante, apesar de você ter colocado dedicação e foco!

Quando você assume o desafio, sua energia é canalizada para resolver o problema. Você aceita os efeitos e consequências das ações e encara com criatividade tentando achar o melhor modo de agir.

Já quando você resiste ao desafio, sua energia é baixa, suficiente para cumprir tarefas. Sua visão do problema é mínima (já que não quer se esforçar para enxergar o todo) e você tende a esperar comportamentos experimentados (vindo de sua zona de conforto). Quando as coisas não vão do jeito que você esperava, causa frustração e muitas vezes você insiste em comportamentos que não resolvem o problema.

Num desafio assumido, você aprende com o processo, a qualidade de suas ações são melhores (pois você está focado e dá seu melhor para resolver) e o resultado geralmente supera as expectativas iniciais.

Quando você resiste ao desafio os resultados são pobres e raramente você aprende algo diferente e sua experiência é frustrante.

Quando você assume um desafio provavelmente influencia outras pessoas envolvidas e ganha cooperação delas. Seu trabalho fica facilitado pela ajuda de outros e expande os resultados para além de você.

Se você resiste ao desafio, sua interação com outras pessoa é negativa, afastando pessoas que poderiam ajudar. As vezes seus colegas se sentem na “obrigação” de ajudar, mas não compartilham dos resultados.

O desafio pode ser o mesmo, mas depende de sua ATITUDE torná-lo uma experiência positiva ou um estresse.

Se por exemplo você levar seu filho para o shopping e ele faz aquele show na frente da loja de brinquedo ao ver um brinquedo que quer e você insiste em ir embora. Você pode encarar como uma “birra” e brigar com ele, carregá-lo no colo chorando… ou pode encarar como um desafio de aprendizado! Entender os motivos por aquele comportamento, mostrar-lhe a hora certa para ganhar coisas ou algo que seja oportuno para um aprendizado! Ambos vão gerar estresse e ambos são desafios… mas um tem resultado melhor que o outro.

Se você é desafiado no trabalho a desenvolver um projeto extra, que não está ligado diretamente a sua função! Você pode encarar como uma “obrigação” e fazer isso com pesar, reclamando de não ter tempo ou não ter ajuda de outras pessoas… ou pode assumir a responsabilidade por colocar o projeto no ar, acreditando nos resultados e nos benefícios que vai trazer ao seu setor ou área e interagir com entusiasmo com seus colegas e superiores, criando ações que o levem ao sucesso no empreendimento.

Uma sexta-feira você é “convidado” a fazer um churrasco na sua casa, pelos seus amigos. Ao aceitar, você encara um desafio! Se pensar que foi “obrigado” a fazer o evento, seus esforços para comprar as carnes, os acompanhamentos, preparar o ambiente e interagir com os amigos terá energia baixa e provavelmente demandará de um esforço muito grande de sua parte com efetividade mínima. Mas se assumir o “convite” com entusiasmo, pensando que será uma boa oportunidade de conviver com seus amigos, fará as tarefas com mais energia, chamará seus amigos para compartilhar as responsabilidades com alegria e o churrasco certamente será bem mais confortável e gostoso.

Atitude de assumir a responsabilidade!!!

Essa é a diferença!

Enfrente seus desafios, aceite-os e os assuma! Dessa forma ele não se tornará um estresse e suas energias estarão canalizadas para resolve-lo!

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Pra que ter metas?

Conheço algumas pessoas que criticam minha forma de organizar a vida. Dizem que planejo muito e tudo tem seu lugar e seu tempo. Dizem que minha vida é muito quadrada e sem espaço para as “surpresas da vida” pois tenho metas pra tudo.

Sinceramente, penso apenas que minha vida é produtiva e segue na direção que quero, com todas as emoções e surpresas que ela pode proporcionar. E isso que é importante para mim.

Mas essas criticas me fizeram refletir sobre uma questão central dessa discussão! Pra onde você está indo importa?

Para algumas pessoas, não importa! O importante é viver o momento, estar presente e aproveitar o que a vida tem a oferecer. “Carpe Diem” dizem esses!

Para outros, usar com eficiência suas próprias habilidades e talentos, ter resultados de sucesso na vida são o mais importante. Para essas pessoas o caminho escolhido importa! Tempo e energia precisam ser usados em algo que leve a algum fim!

Parto da premissa de que todos vivemos em sociedade, que interagimos com outras pessoas o tempo todo e que influenciamos e sofremos influência dos que estão ao nosso redor.

De uma forma reducionista, mas igualmente realista, as pessoas que preferem viver “o que a vida tem a oferecer” respondem aos acontecimentos de forma reativa, ou seja, alguma coisa o faz tomar uma atitude. Por outro lado, quem se preocupa em escolher seus caminhos e planejar sua caminhada agem de forma proativa, ou seja, realizam ações em direção ao caminho que quer. Isso me dá uma base bastante consistente para dizer que quem escolhe seus caminhos tem as rédeas de sua vida enquanto que os que não planejam seguem os que sabem pra onde ir.

A triste consequência disso é que pessoas reativas vivem para servir os que sabem pra onde vão!

Então o primeiro motivo para você ter metas é “ter as rédeas de sua vida”!

O modelo de pensar de quem sabe pra onde ir aciona um mecanismo muito poderoso na vida!

E esse mecanismo nasce de uma simples intenção!

Sabe quando você começa a namorar um carro? Passa a estudá-lo, a ver suas qualidades, versões, cores e modelos! Então de repente encontra na rua um monte desses carros!

O que houve? Antes era raro ver esses carros na rua, mas agora existe um em cada esquina!!!

Na verdade o seu cérebro começou a prestar atenção nesse carro, coisa que não fazia antes.

Nosso sistema de recepção (olhos, ouvidos, nariz, boca, pele) recebem muita informação do mundo externo… porém somente uma parte é processada pelo nosso cérebro! Ele filtra muita coisa que não nos interessa.

Mas ao mostrar a intenção sobre algo, o cérebro passa a buscar essa informação no nosso sistema de recepção!

A intenção de conhecer o carro atiça o cérebro a prestar atenção a ele!

Se tivermos intenção sobre coisas específicas, nosso cérebro automaticamente presta atenção às informações sobre isso!

Ao definir suas metas e traçar seus planos a partir deles você criar intenções em seu cérebro. Automaticamente informações sobre os assuntos de suas metas passam a ter prioridade. Seu cérebro passa a prestar atenção em tudo que diz respeito às suas metas!

Por exemplo, sua meta é chegar a diretor de uma multinacional em 10 anos! Quanto mais rico em detalhes for sua meta (qual o cargo, qual o perfil de diretor que você quer ter, como será a interação com a empresa, etc) mais coisas seu cerebro prestará atenção no seu dia a dia. De repente você notará diretores com esse perfil, notará empresas multinacionais que tenham a cultura do perfil de diretor que você imaginou. Você prestará atenção às pessoas que falam a respeito desse perfil e a esse tipo de cargo. Você mesmo falará mais sobre o assunto e se envolverá com pessoas que se interessam por isso.

E de forma automática você se cercará de pessoas que o ajudem a alcançar suas metas. E quanto mais detalhadas está a meta, mais pessoas você encontrará para ajudar na meta.

O segundo motivo para você ter metas é vivenciar o que é importante para você!

E pensando na questão de vivenciar o agora!

É extremamente importante! Afinal de contas é o único momento em que podemos viver… é agora que agimos no mundo, é agora que temos a oportunidade de mudar (ou não) nosso destino.

Mas viver o agora não exclui a capacidade de planejar o futuro nem tampouco invalida.

A diferença é que quem tem objetivos definidos e planos traçados vive o agora com propósito. Toda ação tem o gostinho de ser útil e a sensação de dever cumprido quando a terminamos com sucesso. Ter um propósito faz com que as coisas que fazemos tenha sentido e sejam sempre valiosas!

O terceiro motivo para você ter metas é ter a satisfação de viver um propósito!

Se pra você importa pra onde está indo, então vale ou não vale a pena traçar metas para sua vida?

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Primeiro passo para você realizar seus sonhos

Hoje em dia tenho ouvido muitas pessoas falando que querem mudar de vida, que querem viver seus sonhos e que querem buscar a felicidade.

Porém, muitas dessas pessoas “querem”! Mas não estão fazendo nada a respeito!

Para mudar, é necessário atitude! Querer simplesmente não é nada!

Para ilustrar, compartilho essa comparação esquisita:

A galinha é um bicho doméstico, não voa, não caça, se alimenta de qualquer coisa que estiver no chão e está sempre olhando para baixo e só enxerga de dia. É um bichinho que aceita ficar encarcerado, tem medo de tudo  e é submissa. Seu destino geralmente é ser alimento!

Seu mundo se restringe ao cercado, não vê e nem tem curiosidade para explorar outras partes do mundo. Quando está com medo se refugia em seu ninho.

Já a águia é bicho indomável, voa alto, caçadora nata, se alimenta só de carne fresca e seu olhar é para o horizonte. Acostumada com a liberdade, monta seu ninho nos penhascos. Seu destino é viver livre!

Seu mundo é a imensidão do céu, está sempre explorando seu território e escolhe sua caça pela melhor oportunidade. Nos céus não tem medo de enfrentar aves maiores.

A águia pode viver até os 70 anos! Porém, quando chega por volta dos 40 anos, ela precisa passar por uma provação. Seu bico está torto e suas garras muito curvas para conseguir caçar. Suas asas estão apontando para o peito e suas penas estão grossas e pesadas, reduzindo cada vez mais sua autonomia e eficácia do voo. Então ela precisa decidir se vai morrer ou enfrentar uma dolorosa mudança…

Ela alça voo para seu ninho, no alto de um penhasco, onde raramente haverá predadores. Nesse ninho ela permanecerá por 150 dias!

Ela começa batendo seu bico na rocha até arranca-lo. Então espera o bico crescer novamente e arranca suas garras e penas.

Cinco meses depois ela alça voo, renovada e pronta para viver por mais 30 anos!

A águia e a galinha tem atitudes diferentes frente a vida!

A galinha vive dentro de seus limites e raramente ousa transpôs-las. Sente-se segura nesse espaço e vive uma vida monótona e rotineira. Tem poucas expectativas de futuro pois não pensa além da cerca.

A águia escolhe o que quer comer e onde quer viver, raramente se impõe limites e tem expectativa de viver muito tempo (e tanto querem que se submetem a essa dolorida e longa transformação em sua meia vida).

Quem você é nessa analogia?

Se for uma galinha, então seus sonhos serão somente sonhos… pois não tem atitude para sair de sua zona de conforto. Seus medos o paralisam e não vão deixar você agir fora do que considera seguro.

Se for uma águia, certamente já está agindo em direção aos seus sonhos. Vê obstáculos, mas os transpõe com coragem, mesmo com medo. Seu voo alto permite ver com perspectiva as situações e ajuda-o a tomar a melhor decisão. Porém, ser águia dói! Suas ações o levarão a mais responsabilidades, maior comprometimento, mais influência, maior reconhecimento! E isso requer que se renove, se redefina, mude comportamentos e revise sua visão de mundo, caso contrário não alçará mais seus voos e definhará em sua inadequação ao novo mundo que você mesmo estava construindo.

Mas a grande questão aqui é se transformar em águia, não é mesmo? Você se sente galinha mas quer ser águia!

É também uma mudança dolorosa! Terá um processo semelhante a renovação da águia!

Você precisa transpor seus limites, assumir o medo e enfrentá-lo. Terá que aprender a ser determinado e combater seus próprios pensamentos de impossibilidades e restrições. E acima de tudo, precisa acreditar em seu poder de realização, ao invés de duvidar de si mesmo!

Essa transformação precisa acontecer dentro de você para que seu desejo de mudar de vida possa se tornar uma atitude de mudar de vida… de querer viver seus sonhos se torne a atitude de viver seus sonhos!

Comece por dentro! Então torne-se por fora!

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Faça a sua parte

 Uma conhecida da família, que mora numa cidade japonesa, contava sobre um evento que ocorreu com ela outro dia:

“Ontem estava em casa e percebi uma batida tímida na porta e fui ver o que era.

Havia um galão de água potável na frente da porta! Olhei para os lados e identifiquei o funcionário do serviço de saneamento e distribuição de água apressado, batendo na porta de cada vizinho e deixando um galão de água na frente.

Chamei-o para perguntar o motivo dessa entrega inusitada. Ele explicou que a companhia faria um reparo no encanamento da rua e teriam que fechar a água por 2 horas naquela madrugada, por isso estavam deixando o galão para não deixar as pessoas desassistidas.

Eu lhe agradeci e fiz menção de devolver o galão pois não sentia a necessidade daquela água, já que estaria dormindo no momento do reparo. Porém ele insistiu que ficasse com o galão dizendo que era direito dela. A companhia é responsável por entregar água de qualidade para a população e que era direito dela tê-la a hora que precisasse ou quisesse. Ele ainda, apontando para o envelope que vinha junto ao galão, disse que poderia ligar a qualquer momento se precisasse de mais.

Agradeci e o rapaz gentilmente se despediu e continuou suas entregas.

De madrugada constatei que funcionários mexiam nas tubulações na rua silenciosamente e fiquei pensando na diferença de comportamento no Brasil…”

Ela continua criticando as atitudes das empresas e políticos do Brasil e da cultura oportunista e baseada na vantagem pessoal. Coisas que estamos cansados de criticar e nos inconformar…

Mas queria chamar a atenção para outro ponto de vista!

Tradicionalmente, nas famílias japonesas que conheço, há uma frase muito falada pelos nossos avós e pais: “Faça a sua parte”!

Durante a minha adolescencia não entendia muito bem essa frase, dita principalmente em ocasiões em que havia impossibilidades que não dependiam de mim ou quando não me conformava com alguma situação. Muitas vezes essa frase me irritava! Pensava nela como uma frase de conformismo e limitação!

Mas hoje em dia compreendo de outra forma!

“Faça a sua parte” é ser parte da engrenagem da vida! A origem desse pensamento é o bem maior da comunidade ou da sociedade em que vivemos! Pensando dessa forma, fazer a sua parte é participar dessa engrenagem, agir em prol de todos, assumir que o bem de todos é o melhor que posso receber. Em troca, ofereço o melhor de mim para todos.

Esse é o espírito que leva um funcionário deixar galões de água na porta de cada morador. Há um sentido para isso!

Seu pensamento está em: A empresa tem a função de prover água potável aos cidadãos! Não podemos priva-los disso, então o galão é uma forma de manter a função!

E essa atitude de cuidado e preocupação gera do lado do cidadão um sentido de gratidão, que juntamente com a atitude de “faça a sua parte”, faz com que os cidadãos também cuidem do que é oferecido.

Penso que esse pedacinho de cultura é muito positivo e faço o possível para praticar!

Existem paradigmas fortes em nossa cultura ocidental que nos impelem ao individualismo e competição, dificultando crer que a prática do bem social nos trará algum benefício. Porém, algumas atitudes podem mudar a forma de encarar a vida mesmo sem ter essa forma de pensar!

Tenha propósito! Sua vida terá mais sentido quando colocar propósito em tudo que faz.

Seja grato! Vivemos em uma sociedade e dependemos uns dos outros para viver. Ter consciência dessa dependência e se sentir agradecido pelo que recebe dessa infra-estrutura trará gratidão coletiva em reconhecimento ao cuidado que você mostra.

Por fim, tente pensar no bem maior. Sei que é difícil quando vemos tantas injustiças e falta de respeito em nossa sociedade. Tenha em mente, um dia fará sentido viver assim!

“Faça a sua parte. Se todos fizerem a sua parte todos ganharão.”

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